Na segunda-feira (20 de maio), o Instituto Paulista de Magistrados realizou o encerramento do “Curso de Formação Básica para Prevenção e Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes” para os educadores da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo. A formação faz parte do Projeto Eu tenho Voz, que busca combater a violência física e sexual de crianças e adolescentes.
“A capacitação visa promover a conscientização como instrumento de defesa de crianças e adolescentes, ensinar sobre as ações de mediação nas escolas, além de acolher e cuidar das vítimas dos casos denunciados de maneira apropriada”, enfatiza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, juíza e presidente do IPAM.
No encerramento do curso, os educadores assistiram a apresentação do espetáculo “Marcas da Infância” – teatro lúdico apresentado nas escolas para abordar o tema com as crianças, e também dinâmicas em grupo. O evento contou ainda com um rico debate sobre o problema no Brasil, com a presença de Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, juíza e presidente do IPAM; Teresa Cristina Della Monica Kodama, procuradora do Estado do São Paulo; Arlete Spolari, psicóloga, e Ana Cristina Moura, assistente social, ambas do Centro de Referência às Vítimas da Violência do Instituto Sedes Sapientiae (CNRVV).
No final de 2018, o Instituto Paulista dos Magistrados (IPAM) e a Secretaria de Educação Municipal de São Paulo firmaram acordo para levar o Projeto Eu tenho Voz às escolas da rede municipal de ensino. O objetivo é atingir crianças com a faixa etária de 8 a 12 anos e também as escolas especializadas para crianças com diferentes tipos de deficiências, que são responsabilidade de prefeitura.
Aproximadamente 70 pessoas participaram desta edição do curso, entre professores, diretores e profissionais da saúde municipal. Os participantes são das regiões de Tremembé/Jaçanã, Pirituba/Jaraguá e Brasilândia/ Freguesia do Ó. As próximas etapas do projeto contemplam a apresentação do espetáculo de teatro nas escolas dos educadores que passaram pela capacitação e também a realização de oficinas de orientação e prevenção para alunos e professores.