A 2ª vice-presidente do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, faz um alerta sobre o aumento da violência doméstica durante a pandemia da Covid-19. “Crianças que estão dentro de casa nesse período relatam que suas mães estão sofrendo violência doméstica por parte de seus companheiros”, afirma a magistrada, que é idealizadora e coordenadora do Projeto Eu Tenho Voz, que desde 2016 promove ações contra o crime de abuso sexual e toda forma de violência física, emocional/psicológica, maus tratos ou negligência cometidos contra crianças e adolescentes.
“Assim como os canais disponibilizados pelo Projeto eu Tenho Voz para salvaguardar os seus filhos, é importante que as mulheres conheçam também as ferramentas que podem ajudá-las proteger a si mesmas dos seus algozes”, diz a juíza. Uma dessas ferramentas é o aplicativo Âmago (www.amago.app), um botão de pânico discreto, silencioso, que a mulher instala no celular e é gratuito. “O interessante nesse aplicativo é que o botão do pânico fica no celular escondido. Quando acionado pelas mulheres, ele dispara um pedido de apoio e socorro para cinco contatos de pessoas da confiança delas já registrados. Iniciativas como essa nós temos de apoiar e divulgar”, destaca.
“As estatísticas mostram que todos os dias, a cada dois segundos, uma mulher sofre algum tipo de violência psicológica, moral, patrimonial, sexual ou física e a cada quatro minutos uma mulher é agredida fisicamente no Brasil, sendo que na maioria das vezes elas não conseguem pedir socorro. Aplicativos como o Âmago podem ser instalados no celular, onde a mulher coloca seus dados e de pessoas em que confia e que podem ser acionadas quando ela se sentir ameaçada. Ao acionar o APP a ajuda chega rápido, evitando o pior”, lembra a vice-presidente do IPAM.
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