Metodologias ativas são os diferenciais da capacitação de novo curso do IPAM

“O diferencial do Curso de Formação de Conciliadores e Mediadores do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM) é que as aulas são presenciais porque é fundamental para um curso de mediação que os futuros conciliadores e mediadores estejam em sala de aula para treinar as técnicas de mediação através de simulação e da comunicação”, destaca a coordenadora e conselheira do IPAM, diretora da Apamagis e juíza da 2ª Vara da Família e das Sucessões da Comarca de Jundiaí, juíza Valeria Ferioli Lagrasta.

Além disso, segundo a juíza, “tem vários exercícios e metodologias ativas que só podem ser feitos em sala de aula e que servem para treinar tanto as técnicas de mediação e conciliação quanto a própria comunicação efetiva que o mediador precisa saber fazer muito bem e gerar empatia nas pessoas e, ao mesmo tempo, fazer com que as partes se comuniquem bem”.

Promovido em parceria com a Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e apoio institucional da Escola Superior da Advocacia (ESASP-OAB-SP), o curso está com as inscrições abertas até o dia 2 de março e podem ser feitas por meio do e-mail ipam@ipam.com.br. O valor do investimento é de R$ 2.400,00 à vista. As aulas acontecerão seguindo todos os protocolos sanitários, na sede da Apamagis (Apamagis – R. Tabatinguera, 140 – Sobreloja — Sé), com início em 3 de março até 10 de maio, sempre às terças e quintas-feiras, das 9h às 12h15, com 15 minutos de intervalo em cada aula. Estão disponíveis somente 30 vagas.

Valeria Lagrasta ressalta ainda que “um curso de mediação on-line, embora com a pandemia possa ter até maior procura, não é tão efetivo quanto o presencial. E, por outro lado, o mercado necessita de mediadores e conciliadores até porque hoje os advogados precisam desenvolver essas habilidades, porque os métodos consensuais de solução de conflitos hoje estão em alta, até pela sobrecarga do Judiciário. Então o advogado que souber trabalhar com esses métodos, terá um diferencial na carreira e um serviço a mais para oferecer ao seu cliente, ainda que ele atue como mediador ou que ofereça mediação dentro do próprio escritório. Mas, também, o advogado precisa conhecer a mediação e a conciliação para poder auxiliar o cliente quando participa de uma sessão de conciliação, seja processual no Judiciário, quando já tem um processo ajuizado, seja levando um cliente no setor pré-processual do CEJUSC — Centro Judiciário de Solução de Conflitos, porque ele levando o cliente nesse departamento pode ser que tenha uma solução muito mais rápida, efetiva e ainda receba os seus honorários antes”.

A juíza salienta ainda que o “curso é bom para o próprio mercado de advocacia, já que faltam profissionais mediadores e conciliadores no próprio Judiciário, mas esses profissionais vão receber de acordo com as partes, se elas tiverem condições de pagar, uma remuneração a partir de uma tabela que existe no Tribunal. Eles não vão efetivamente trabalhar como profissionais com vínculo empregatício ao Tribunal, mas como voluntários e eles recebem, quando as partes não são beneficiadas pela Justiça gratuita, por sessão”.

A capacitação está em consonância com a Resolução nº 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Resoluções da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM), o novo Código de Processo Civil e a Legislação Especial Federal e Estadual sobre a matéria.

Ao todo serão 60 horas de aulas teóricas, divididas em 20 aulas, e com a finalização do módulo teórico, os alunos participarão de um estágio on-line ou presencial, em que deverão cumprir 60 horas de carga horária, e receberão uma devolutiva remota do módulo prático.

A formação conta com a coordenação da conselheira do IPAM, que também é uma das organizadoras do livro “Conciliação e Mediação: Ensino em Construção”, e da advogada, formadora de mediadores pelo CNJ e TJSP e a coordenadora do Projeto Íntegra – Mediação: Crime, Gênero e Família, Célia Regina Zapparolli. O curso conta também com os docentes: Antonio Rodrigues de Freitas Jr., Cecilia Asperti, Daniela Gabay, Euclides Lourenço da Silva Jr., Fatima Cristina Bonassa, Fernanda Tartuce, Jose Carlos Ferreira Alves, Juliana Poloni, Marco Lorencini, Maria Cristina Coluna Fragas Leal (NUPEMEC) e Reginandrea Gomes Vicente.

Detalhes do curso clique aqui.

Sobre o IPAM – O Instituto Paulista de Magistrados é uma associação civil de cunho científico e cultural, sem finalidade lucrativa, idealizada para valorizar o Poder Judiciário e a Magistratura. Foi fundado em 8 dezembro de 1999, por 21 juízes de primeiro grau, com o objetivo de defender as prerrogativas e a dignidade dos magistrados e propor demandas coletivas na defesa desses interesses. Está sediado na cidade de São Paulo e conta atualmente com mais de 1 mil associados, entre membros titulares, colaboradores e honorários. Desenvolve estudos dos direitos internos e internacionais, promove pesquisas, incentiva projetos sociais e edita livros e revistas que favoreçam a divulgação da ciência jurídica e da cultura em geral. Mantém uma biblioteca com material específico relacionado ao Poder Judiciário; realiza eventos e debates sobre temas relacionados à magistratura e projetos em parceria com outras instituições visando fortalecer a sociedade e esclarecer informações sobre a posição e as atribuições dos profissionais do Judiciário, além de promover cursos de capacitação e aperfeiçoamento profissional.

 

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