Eu Tenho Voz na Rede faz mais uma apresentação em escola de Piracicaba

O Projeto Eu Tenho Voz na Rede realizou nesta quinta-feira (26) mais uma apresentação on-line em uma escola de Piracicaba, interior de São Paulo. Desta vez foi na Escola Municipal Prof. José Pousa de Toledo, com a participação de 22 alunos da 5ª série e da diretora Luciana Rodrigues, além da idealizadora e coordenadora do projeto, juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, 2ª vice-presidente do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), e também da promotora de Justiça Tereza Kodama e da psicóloga Beatriz Braga Lorenzini.

Durante o encontro, os alunos foram sensibilizados e informados sobre a violência e o abuso sexual com a apresentação das narrativas em vídeo “A Menina Invisível” e “Turbulência”, produzidas com esse objetivo pela Cia NarrAr. A primeira narrativa, com a atriz Daniela Cavagis, contou uma história sobre abuso sexual contra uma menina e a segunda, com o ator Fabrício Zava, contra um menino.

A juíza Hertha Helena lembrou aos alunos que “neste momento de pandemia há muitas pessoas preocupadas com o problema da violência e abuso que ocorre com as crianças e adolescentes, e nós queremos mostrar a vocês como pedir socorro se estiverem em uma situação dessas. Ela explicou que todos os fóruns têm um juiz e um promotor responsáveis por uma Vara da Infância e da Juventude, que podem ser procurados. Mas se a criança não se sentir confortável em fazer uma denúncia de violência ou abuso sexual no fórum ou no Conselho Tutelar, deve procurar uma pessoa de confiança, um amigo, o professor ou o diretor da sua escola.

A magistrada lembrou que a denúncia também pode ser feita de forma anônima pelo Disque 100, 181 e 190, ou por meio do hotsite do Projeto Eu Tenho Voz, no e-mail eutenhovoz@ipam.com.br e/ou pelo telefone (11) 3105-9290. E recomendou aos alunos que leiam e guardem a “Cartilha Eu Tenho Voz”, distribuída pelo IPAM, que contém todas as informações e os números para fazer a denúncia.

“Quando a denúncia chega até nós, a violência já está acontecendo há muito tempo”, afirmou a juíza. “E ela se repete, porque a criança não conta para ninguém o que está acontecendo, porque sofre ameaças do agressor, que diz que se a criança contar para um adulto ninguém vai acreditar. Isso não é verdade. Nós acreditamos em vocês, a palavra da criança tem muito valor para nós”, enfatizou

A juíza Hertha Helena de Oliveira disse também que “tem mulita gente trabalhando para que vocês cresçam felizes e em segurança, e ninguém merece sofrer violência física, sexual, ou de qualquer tipo, por isso é importante denunciar, porque a pessoa que pratica a violência não vai parar sozinha, e a sua voz é a sua maior defesa”. Ao final, ela se colocou à disposição das crianças, juntamente com as demais participantes do projeto do IPAM, para ouvi-las em separado.

A promotora Tereza Kodama insistiu que as crianças não devem ter medo de fazer a denúncia. “Nós temos que enfrentar esses medos. Todos nós merecemos a felicidade e devemos fazer o possível para enfrentar e ultrapassar os obstáculos nas nossas vidas”, afirmou.

A psicóloga Beatriz Braga Lorenzini ressaltou que “existe saída para a violência e o abuso, por isso contem com a nossa equipe, os profissionais estão aqui para somar forças e abrir a possibilidade de vocês falarem sobre essas questões de um jeito cuidadoso e com todo carinho, para oferecer uma solução neste momento de pandemia”.

Sobre o IPAM – O Instituto Paulista de Magistrados é uma associação civil de cunho científico e cultural, sem finalidade lucrativa, idealizada para valorizar o Poder Judiciário e a Magistratura. Foi fundado em 8 dezembro de 1999, por 21 juízes de primeiro grau, com o objetivo de defender as prerrogativas e a dignidade dos magistrados e propor demandas coletivas na defesa desses interesses. Está sediado na cidade de São Paulo e conta atualmente com mais de 1 mil associados, entre membros titulares, colaboradores e honorários. Desenvolve estudos dos direitos internos e internacionais, promove pesquisas, incentiva projetos sociais e edita livros e revistas que favoreçam a divulgação da ciência jurídica e da cultura em geral. Mantém uma biblioteca com material específico relacionado ao Poder Judiciário; realiza eventos e debates sobre temas relacionados à magistratura e projetos em parceria com outras instituições visando fortalecer a sociedade e esclarecer informações sobre a posição e as atribuições dos profissionais do Judiciário, além de promover cursos de capacitação e aperfeiçoamento profissional.

Para mais informações e agendamento de entrevistas:

Convergência Comunicação Estratégica

Ana Purchio – (11) 99978-9787

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