Ciclo de Palestras detalha a história dos Templários e de Bernardo de Claraval

Nesta quarta-feira (16) o Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), com apoio da Apamagis, realizou o primeiro encontro do Ciclo de Palestras “Templários: sua história e seus possíveis impactos na formação do Brasil”. O evento foi restrito apenas para associados e totalmente on-line.

O professor de história e curador do evento, Guilherme de Almeida, contextualizou o surgimento da Ordem Templária, pensada e estruturada em meados do século XII, sua história e desenvolvimento durante a Era Medieval e como aconteceu a perseguição aos templários pelo Papa Clemente V e pelo rei Felipe IV, o Belo.

“As Cruzadas obedecem a um sistema simbólico muito mais amplo do que vemos rabiscados em alguns livros. Foram 8 cruzadas, ou 9 para alguns historiadores. Os templários foram além do poder da igreja e de um rei. Por essa razão a sexta-feira, 13, porque no dia 13 de agosto de 1914 ocorreu o massacre dos Templários com a morte pela fogueira de um de seus líderes, Jacques de Molay”, lembrou Almeida.

Marcus Boeira, professor de Lógica e Filosofia do Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) detalhou A Ordem de São Bernardo de Claraval e explicou os valores do mundo cristão, fazendo uma comparação com os dias de hoje.

“Bernardo de Claraval foi um monge beneditino, cuja história e biografia é certamente marcada por muitos acontecimentos relevantes para a história da civilização do Ocidente. Ele foi um grande poeta, doutor de vocação Mariana (devoto de Nossa Senhora), e canonizado. Bernardo faz parte dos grandes sábios e doutores da luz da sabedoria e da luz da razão dos Templários, e de ensinamentos para um caminho em direção a fé e a verdade” disse Boeira.

Por fim Boeira detalhou os graus de humildade e de soberba do ser humano, atuais ainda hoje, dentro do pensamento de Claraval que definiu em 12 níveis cada. “Os graus da humildade são: temor a Deus; negação dos desejos; obediência; suportar o desprezo e a injustiça humanos; confiança na orientação espiritual da Igreja Católica; renúncia ao conforto material; renúncia ao reconhecimento dos próprios méritos pessoais; renúncia à vontade de mandar; exercício do silêncio; evitar o riso fútil; ser discreto e jamais se esquecer de sua própria pequenez. Já os graus da soberba são: curiosidade; ligeireza de espírito, volatilidade da alma; alegria tola, alegria fingida; orgulho; singularidade: o soberbo vê-se singular, especial; arrogância, egoísmo; presunção; escusa dos pecados; confissão simulada e enganosa; rebelião, revolta; liberdade de pecar e desimpedimento de pecar; costume de pecar, habitualidade de pecar”.

No próximo dia 21, mais dois temas serão discutidos no segundo encontro: A Ordem de Cristo e a missão evangelizadora de Portugal, com José Carlos Sepúlveda da Fonseca, analista político, palestrante e português residente no Brasil desde 1978. E “Lembremos dos navegantes – os heróis lusitanos que sucederam os templários e anteciparam os bandeirantes”, com Rafael Nogueira, secretário nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo.

Os interessados em participar do 2º encontro precisam confirmar participação pelo email ipam@ipam.com, até a véspera do evento (dia 20) e receberão no dia 21 o link de participação por email.

A apresentação completa do evento será disponbilizada, em breve, no site, na área do associado!

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2022 © IPAM - Instituto Paulista de Magistrados. Todos os direitos reservados.